DIRETORIA
DE ENSINO
REGIÃO
DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
DIRIGENTE: ADRIANE CARVALHO TOLEDO RIGOTTI
Escola Estadual “Prof. “Dirce Elias”
Equipe
Diretor: Heloísa Helena Velloso A. Barbosa
Vice
diretor: Odair Aparecido Bispo
Professor Coordenador: Maria das Dores Barreto
de Mello
Professora: Adriana da Silva Lobo Martins
“No Encantamento dos
Contos um aprendizado”
No Encantamento dos Contos um aprendizado”
Objetivo geral
- Todos os alunos leitores e produtores de
textos autônomos até o final do ano letivo.
Objetivos da Atividade
_ Identificar a diferença entre as
características da linguagem oral e linguagem escrita;
_Desenvolver comportamento de escritor, planejar
o que irá escrever, rever enquanto escreve, escolher uma entre várias
possibilidades;
-Participar de uma situação de escrita de texto
de contos, utilizando a linguagem, a organização e as expressões próprias desse gênero.
1ª etapa – leitura de vários contos: já
sabia que este gênero iria ajudar meus alunos a escreverem melhor
2ª etapa- escolha de um dos contos para
a reescrita; confesso que tinha uma preocupação com essa escolha, preferia
poder eu mesma fazer isto. Preocupação com relação ao tamanho do conto por
ainda não acreditar totalmente na condição das crianças de se apropriarem de todas
as partes para poderem reescrever. Com a votação chegaram ao conto “A princesa
e a ervilha” de Hans Christian Andersen.
3ª etapa- releitura da versão original
do autor: Hans Christian Andersen e da versão adaptada de Larousse Junior.
Sabendo o que eu queria, que os alunos
percebessem os recursos discursivos deste gênero, precisava mostrar-lhes uma
versão com menos ou com mais recursos discursivos. Dentre os autores lidos por
mim, optei pelo Larousse que apresenta uma versão com menos recursos discursivos,
ou seja com uma linguagem mais espontânea.
Como não se tratava de um autor conhecido por
eles, fiz a apreciação e réplica trazendo a biografia com a imagem e algumas
informações.
4ª
etapa- análise dos recursos
discursivos do conto de Hans Christian Andersen
No primeiro momento minha preocupação em relação
aos recursos linguísticos estavam baseados somente nas palavras desconhecidas,
as quais foram previamente inseridas em uma listagem intitulada “nos contos se
diz” e “nós falamos assim”. Juntamente fiz uma nova leitura chamando a atenção
dos alunos para os recursos utilizados pelo autor para deixar a história mais
bonita e envolvente. A análise realizada oralmente foi registrada para que na
etapa seguinte pudéssemos compará-la com a escrita de outro autor.
Após a devolutiva desta aula, observei o quanto
ainda poderia vir a acrescentar nesta
atividade e assim pude aprimorá-la retomando a mesma e acrescentando pontos
como marcadores temporais, conectivos, pronomes e alguns elementos discursivos
que ainda não haviam sido contempladas na listagem. Quanto a análise do conto
fui surpreendida pela incompreensão da atividade a qual se referia a uma
comparação entre autores, etapa esta não citada no Ler, mas que acredito ser
importante para auxiliar na escolha do conto a ser reescrito. Neste momento
senti uma maior credibilidade por parte da PCNP em meu trabalho quando disse: _
“Você vai me dar mais trabalho que imaginei”.
5º
etapa- análise dos recursos
discursivos e linguísticos do conto de Larousse.
Meu
planejamento ocorreu dentro do esperado, leitura do conto com a exposição sobre
o autor e, para minha surpresa, os alunos iniciaram a etapa seguinte sem
nenhuma comanda, realizando a comparação
entre os autores ocasionando um debate no qual pude identificar o quanto aprenderam com a
modelização da análise do conto anterior. No mesmo momento consegui que
escolhessem o conto que seria reescrito e justificassem sua escolha. O meu voto
particular era para o Hans Christian Andersen por reconhecer o texto mais rico
de recursos de linguagem, o que favoreceria uma maior aprendizagem. A minha
expectativa não foi em vão, escolheram com propriedade, enaltecendo a escrita
do autor e uma votação quase unânime ao Andersen. Ao justificarem suas escolhas
levaram em consideração as expressões e palavras que o autor utilizou para
deixar o texto mais bonito o que pode ser comprovado com a filmagem. A
justificativa dos alunos representada pelos alunos Samanta e Renan:
Samanta: - Eu escolhi o Andersen porque ele é
mais inteligente esperto e eu pude aprender mais palavras com ele.
Renan: - Eu escolhi Larousse porque ele escreve
da maneira que nós falamos e eu gostei disso.
6ª
etapa – reconto
O reconto ocorreu de forma natural sem nenhuma
preocupação, pois eles deram conta sem a minha intervenção. Todos os alunos
participaram, foi preciso estipular uma ordem para que pudéssemos ouvir a
todos. Apropriaram-se da linguagem escrita, recuperando o texto tal como
aparece no livro. Embora tenha reconhecido a eficácia do reconto o mesmo foi realizado
novamente como garantia de sucesso no ditado.
7ª
etapa- planejamento da escrita
No planejamento da escrita, senti uma
insegurança ao registrar alguns fatos da história. Como no reconto obtive sucesso, acreditei que
já havia garantido a sequencia dos fatos, não foi um engano, mas a minha
consigna para desenvolver esta etapa não ficou muito clara confundindo um pouco
os alunos que acreditaram estar iniciando o ditado. Logo que percebi, orientei
os mesmos que seria a escrita de apenas lembretes dos fatos.
8ª
etapa- reescrita coletiva
Realizei a atividade de reescrita “Ditado ao
professor” em dois dias. Comentei com os alunos que iríamos escrever por etapa
assegurando uma boa escrita. A mesma foi realizada com a participação geral da
sala o que pode ser comprovado com o vídeo. Registrei pausadamente seguindo ao
ditado, realizando assim um comportamento de escritor: lendo, relendo,
revisando, eliminando, colocando novas palavras, relendo para ver como continua
e para verificar se estava sendo compreensível ao leitor ausente. O resultado
do primeiro ditado foi surpreendente, eles compreenderam e produziram a
linguagem escrita.
9ª
etapa- revisão
Comentei com os alunos que haviam realizado um
bom trabalho e a reescrita estava rica em detalhes, mas que em algumas
passagens, precisávamos melhorar os aspectos de coerência do texto, para que o
leitor pudesse compreender.
Salientei também, que todo escritor experiente
conta com o apoio de um revisor para a versão final de um texto que será
publicado, e no caso do texto produzido,eles mesmos seriam os revisores, mas a
professora após reler o texto, verificou que algumas
partes não estavam tão boas assim,
necessitando serem revisadas para não
prejudicar o entendimento do
leitor.
Esta foi sem dúvida nenhuma, uma excelente
oportunidade que as crianças tiveram de perceber, que por trás das linhas de
qualquer texto bem escrito há muitas entrelinhas.